O segmento brasileiro do alumínio não concorda com a intenção do governo norte-americano de aumentar as alíquotas de chapas de alumínio importadas do Brasil e de 17 países — dos atuais 15% para uma variação entre 49,48% e 136,78% — e a insatisfação repercute não apenas no setor, mas nos principais veículos de comunicação nacionais. Nesta quarta-feira (14/10) o Jornal Hoje, da Rede Globo, abordou o tema — assista aqui.
Entrevistado, Milton Rego, presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), refutou a prática de dumping, alegada pelo governo dos Estados Unidos (EUA), e apresentou argumentos que comprovam a precipitação da decisão e o consequente prejuízo ao setor do alumínio brasileiro.
“O Brasil já produziu 1,7 milhão de t de alumínio. Hoje, produz 800 mil. Produzimos menos porque nossos custos não são competitivos”, alegou.
A investigação de prática de dumping só será concluída pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em abril do próximo ano. Até lá, no entanto, os EUA pretendem sobretaxar os produtos brasileiros.
“Antes de concluírem as investigações já foi colocada a sobretaxa. É a prática do atirar primeiro para perguntar depois. Estamos vivendo um ‘faroeste’ no comércio internacional”, lamenta o dirigente da ABAL.
Na semana passada, quando foi anunciada a intenção norte-americana, a associação brasileira já havia se posicionado, prometendo defender-se nos fóruns adequados. “A ABAL seguirá atenta aos desdobramentos dessa e de todas as questões que impactam negativamente os negócios da indústria brasileira do alumínio, sem medir esforços para proteger o nosso setor”, promete Milton Rego.
1 comentário em “ABAL contesta decisão dos EUA de sobretaxar chapas de alumínio brasileiras”
Sei que o fechamento do externo para indústria nacional é ruim, mas, por outro lado a indústria brasileira atualmente não consegue abastecer o mercado brasileiro em tempo satisfatório. Eu atualmente passo por um problema de desabastecimento no meu comércio, o de antes o fornecimento era feito em 20 ou 30 dias, hoje leva de 70 a 90 dias. Ou seja a indústria preocupada com ela, mas não se preocupa com o empresário brasileiro.
Comentários encerrados.