De acordo com a agência de notícias Bloomberg, com o impacto do surto de coronavírus, os estoques de alumínio na China aumentaram para o patamar mais alto desde maio de 2019.
O consumo de commodities provenientes do país asiático está em queda devido à falta de trabalhadores — muitos estão reclusos como forma de evitar a propagação da doença — e restrições logísticas impedem a chegada dos produtos aos mercados finais.
Ainda segundo a Bloomberg, a principal associação chinesa da indústria de metais não ferrosos pediu que o governo local compre metais das fundições para aliviar a pressão do aumento dos estoques.
Impacto chinês no mercado brasileiro
Os números consolidados mais recentes são do primeiro semestre de 2019: de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o Brasil importou 105,7 mil t de produtos semimanufaturados e manufaturados de alumínio. 55% desse total são provenientes da China.
Em novembro do ano passado, em entrevista ao Valor Econômico, o presidente-executivo da ABAL, Milton Rego, estimou que o Brasil importou até 150 mil t de alumínio semimanufaturado em 2019.
Com as restrições comerciais impostas ao alumínio chinês em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o escoamento da produção é feito em economias sem salvaguardas, como a brasileira.