A Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) realizou na última quinta-feira, 14 de maio, uma transmissão ao vivo pela internet, a famosa “live”, com o tema “Virando o jogo: a retomada da construção pós Covid-19”. A iniciativa contou com a participação de dirigentes das principais entidades representativas do setor.
Na ocasião, José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), pontuou que o momento atual é difícil, mas é preciso olhar para as oportunidades.
“Não tem como o Brasil sair dessa situação sem a construção civil como locomotiva. Nós precisamos tomar a frente e, sem arrogância nenhuma, pautar o novo momento de crescimento.”
Alberto Cordeiro, presidente da Afeal, concordou com a necessidade de unir esforços para ajudar o governo a apostar na construção civil. E acrescentou que a cadeia produtiva de esquadrias de alumínio faturou R$ 5 bilhões em 2019 e consumiu 89 mil t de alumínio.
“O cenário pré-coronavírus era de retomada e crescimento de 4,6%. Agora, com a crise, entendemos que isso não vai se concretizar. Trabalhamos com dois cenários, um otimista e outro pessimista, retratando uma queda”, disse.
Apesar da perspectiva de dificuldades por conta da pandemia, Rodrigo Navarro, dirigente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), reforçou a importância da atividade que representa.
“Nos encontros com o governo, conseguimos comprovar a essencialidade dos materiais de construção e do comércio varejista. Temos muito trabalho pela frente, mas o otimismo é de que teremos um protagonismo na retomada”.
Para Waldir Abreu, presidente da Associação Nacional de Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), um dos problemas no atual cenário é a falta de liberação de crédito.
“O varejo conta com 140 mil lojas pelo país e a grande dificuldade tem sido chegar o crédito na ponta, para que esse CNPJ se mantenha vivo. Desde março, em nenhum momento esse varejo parou, pois é uma atividade essencial”, lembrou.
Os executivos reforçaram que têm conversado constantemente com o governo na busca de soluções para minimizar os efeitos da crise sanitária. Além disso, as entidades têm adotado medidas de segurança para os trabalhadores que estão em atividade e compartilhado, sempre que possível, as boas práticas diante da pandemia.