A Trivium Packaging publicou recentemente o relatório Buying Green Report 2021. Baseado em pesquisa junto a 15 mil consumidores na Europa, América do Norte e América do Sul, o estudo foi conduzido pelo Boston Consulting Group.
O trabalho avalia comportamentos relacionados às embalagens sustentáveis, incluindo a disposição de pagar mais por alternativas ecológicas, além das percepções sobre invólucros de diferentes materiais.
Veja abaixo as principais conclusões do levantamento:
- 83% dos entrevistados de gerações mais jovens (com menos de 44 anos) mostraram disposição para pagar mais por embalagens sustentáveis;
- 64% identificaram as embalagens com conteúdo reciclado como prioridade na decisão de compra;
- 67% se consideram ambientalmente conscientes, um resultado igual ao obtido no último ano, apesar da pandemia;
- Consumidores de todo o mundo têm a percepção comum de que a embalagem menos sustentável do mercado é o plástico.
“Nenhum evento na memória recente teve tanto impacto no comportamento do consumidor como a Covid-19, mas a maioria não desprezou a sustentabilidade frente à pandemia, um verdadeiro testemunho dessa inabalável onda liderada pelos jovens”, explica Michael Mapes, CEO da Trivium Packaging.
Embora a consciência quanto ao impacto ambiental permaneça alta, o relatório aponta para um equívoco alarmante: a lacuna entre a reciclagem real do material e as percepções a seu respeito.
O metal, por exemplo, é reciclado a uma taxa global muito maior (64%) do que a percebida pelo consumidor (48%), enquanto as embalagens de vidro, plástico e líquidos têm taxa muito menor de reciclagem (32%, 14%, 26%) do que a notada (65%, 41%, 65%, respectivamente).
Vale destacar que o Brasil é um dos líderes mundiais em reciclagem de latas de alumínio para bebidas. Em 2020, o índice foi de 97,4% da produção, o que corresponde a 391.500 t ou 31 bilhões de unidades, conforme divulgado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).
“Os consumidores não reconheceram que os metais são infinitamente recicláveis e superestimaram outros materiais, como plástico e vidro. Isso é resultado de muitas inconsistências nas mensagens e rótulos ambientais e diferença nos processos de reciclagem locais, além da falta geral de conscientização sobre as melhores práticas de reaproveitamento”, afirma Jenny Wassenaar, vice-presidente de Sustentabilidade da Trivium Packaging.