O novo Nissan Qashqai é o segundo modelo global da marca japonesa construído com a maior parte de seus painéis de fechamento — capô, portas e paralamas dianteiros — produzidos com alumínio. Isso faz com que a carroceria do SUV de porte médio, produzido na fábrica em Sunderland, na Inglaterra, seja 60 quilos mais leve do que a geração anterior.
A Nissan ressalta que essa redução no peso da carroceria contribui para a melhoria da eficiência energética do modelo (reduzindo consumo de combustível e as emissões de gases formadores do efeito estufa) e permite acomodar novas tecnologias no modelo, como o powertrain híbrido.
Com o incremento do conteúdo de alumínio, o Qashqai segue os passos do Rogue, SUV de dimensões semelhantes vendido no mercado norte-americano, lançado no final de 2020.
A adoção dos painéis de alumínio no Qashqai fez com que a planta de Sunderland, onde ele é produzido, adotasse um processo de reciclagem de ciclo fechado. Durante a estampagem, a sucata primária é separada por tipo de liga de alumínio, o que é fundamental para que o material possa ser reinserido na cadeia produtiva.
Sunderland também recebeu uma nova instalação responsável por triturar a sucata, chamada Cyclone, com capacidade para processar até 7 toneladas por hora. Depois, o material é encaminhado para os fornecedores, retornando para o processo de produção das chapas.
“O uso do alumínio no novo Qashquai é um grande exemplo da nossa busca incessante por fazer com que os veículos e processos sejam mais sustentáveis. Continuamos a melhorar a eficiência e a sustentabilidade das operações de produção e Sunderland tem um papel central no comprometimento da companhia com a neutralidade de carbono”, disse Alan Johnson, vice-presidente de Manufatura da Nissan Motor UK.
O executivo faz referência ao compromisso da Nissan de ser uma empresa carbono neutro até 2050, no que se refere às operações, processos produtivos e no ciclo de vida de seus produtos. Vale ressaltar que a produção de produtos de alumínio a partir da reciclagem de sucata economiza mais de 90% da energia que seria necessária para produzir os mesmos produtos a partir do metal primário.