O Brasil ganhou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) de 2018, subindo do 69º para o 64º lugar em um ranking de 126 países. No entanto, o avanço não coloca o País na liderança da inovação na América Latina, que segue com o Chile na primeira posição regional. A classificação é publicada anualmente pela Universidade de Cornell, pelo Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi).
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) são parceiros do IGI.
O 64º lugar é o melhor conquistado pelo Brasil desde 2014. Nos últimos anos, o País ficou estagnado na 69ª posição. Entre as áreas em que o País mais se destacou, estão os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D); importações e exportações líquidas de alta tecnologia; qualidade de publicações científicas; e universidades, especialmente as de São Paulo (USP), Campinas (Unicamp) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para um país que está entre as dez maiores economias do mundo, acredito que temos capacidade para melhorar significativamente a nossa posição. O Brasil tem densidade industrial e de geração de negócios que elevam o potencial para inovação.
Precisamos entender e considerar a inovação como processo chave para aumentarmos nossa competitividade. Nesse aspecto, temos de nos apropriar de forma acelerada das ferramentas de fomento e financiamento, investir fortemente na formação profissional e avançar na utilização das tecnologias habilitadoras do conceito de Indústria 4.0. Elas chegam para facilitar os processos produtivos, aumentar a eficiência total na utilização dos equipamentos, eliminar desperdícios, reduzir custos e diminuir prazos. Ou seja, vieram para aumentar a produtividade.
Importante ressaltar que, no 8º Congresso Internacional do Alumínio, realizado ano passado e que pude participar, foram apresentados cases de inovação na cadeia produtiva desse metal. No setor, a adoção das tecnologias da Indústria 4.0 já produzem ganhos significativos de produtividade.
Escrito por Eduardo Vaz da Costa Júnior, gerente-executivo do Instituto Euvaldo Lodi em São Paulo (IEL/SP), vinculado à CNI