A multinacional norueguesa Hydro teve um lucro de líquido de 11,2 bilhões de coroas norueguesas, cerca de US$ 1,12 bilhão, no segundo trimestre de 2022. O montante é mais de quatro vezes maior do que o verificado no mesmo período de 2021, sustentado pelos altos preços das commodities.
De abril a junho, as receitas somaram 66 bilhões de coroas norueguesas (US$ 6,6 bilhões), com aumento de 86,9% na comparação anual. No total, foram produzidas 1,53 milhão t de alumínio, com 3% de queda. No entanto, o preço praticado teve crescimento de 50% em igual período — US$ 430 por t. A empresa vendeu 338 mil t de produtos de alumínio, 1% menos em um ano.
“É uma satisfação constatar mais um trimestre recorde para a Hydro. Os resultados se devem à robustez atual dos mercados, à procura continuada de nossos produtos de alumínio mais ‘verdes’ e ao nosso ambicioso programa de melhorias 2025, que mantém sua trajetória”, explica Hilde Merete Aasheim, presidente e CEO da companhia.
De acordo com a empresa, apesar dos resultados robustos, o preço do alumínio foi caindo durante o trimestre devido ao temor de uma recessão e à baixa demanda na China.
O panorama de capacidade de produção de alumínio continua incerto, à medida que os altos preços da energia em nível mundial pressionam as margens das fundições, o que leva os fabricantes na Europa e nos Estados Unidos a reduzir parte da produção.
Investimentos no Brasil
No segundo trimestre, a Hydro Rein – subsidiária voltada aos investimentos em energias renováveis – e o Green Investment Group (GIG) da Macquarie Asset Management formaram uma joint venture para construir e operar o Projeto Feijão, iniciativa híbrida para produção de 586 MW de energia eólica e solar no Nordeste do país.
A Hydro Rein, aliada à Equinor e à Scatec, também iniciou a construção do projeto de energia solar Mendubim de 531 MW no Brasil.
Ambas as iniciativas são importantes para a multinacional cumprir a meta de redução de 30% de CO2 até 2030.
Com informações do Valor Econômico
Foto: Relry Aviz/Hydro