A relação entre consumidores, empresas e governos vem se modificando ao longo dos anos. O termo “responsabilidade social” passou a integrar a agenda das companhias no Brasil a partir dos anos 1990, na abertura econômica do País. Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), realizada no Rio de Janeiro, ajudou a estabelecer o conceito de sustentabilidade por aqui.
Nesse contexto, a necessidade de geração de valor nas dimensões ambientais, econômicas e sociais para a consolidação dos negócios tem tornado o setor privado protagonista na resolução dos problemas e angústias da sociedade, o que está evidente nesse tempo de pandemia do novo coronavírus.
O relatório Confiança nas Marcas 2020, extraído da pesquisa anual Trust Barometer, da agência Edelman, confirma essa percepção. Dos cerca de mil brasileiros consultados, 96% esperam que as marcas se juntem a governos e associações para solucionar a crise de saúde. Além disso, 93% têm a expectativa de que as companhias protejam o bem-estar e a segurança financeira dos colaboradores e fornecedores nesse período, mesmo que isso signifique prejuízo no caixa.
Na cadeia produtiva do alumínio, para reduzir os impactos da Covid-19, as indústrias não medem esforços em ações para apoiar seus colaboradores, comunidades do entorno das operações e área da saúde de diversos munícipios com doações de medicamentos, equipamentos e recursos financeiros.
Mas esse trabalho não se restringe à pandemia. Além de amplo, é perene e está alinhado às estratégias de sustentabilidade das companhias, sendo reforçado anualmente.
Desde 2015, o setor do alumínio atua em consonância com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). E, mais recentemente, aderiu à Campanha #NãoVolte, criada pela Rede Brasil do Pacto Global, que incentiva empresas e sociedade em geral a apoiar a retomada econômica sustentável pós-Covid.
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) também acaba de divulgar o “Manifesto Alumínio Brasileiro para um Futuro Sustentável”, que além de reafirmar as vantagens do metal para uma economia circular e de baixo carbono, e as iniciativas da indústria neste contexto, aponta o que é necessário para que o setor se torne cada vez mais sustentável.
Conversamos com as empresas Alcoa, Alubar, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Hydro e Novelis, todas alinhadas aos ODS da ONU, para entender melhor quais são as iniciativas implementadas em prol das diversas demandas da sociedade brasileira.
Alcoa: compromisso interno e externo
A Alcoa por meio das unidades de Poços de Caldas (MG), São Luís (MA) e Juruti (PA, busca avançar nas relações externas e com o meio ambiente de forma sustentável. Essa é a prioridade global, após revisão da estratégia de negócio em 2019.
“Nosso alinhamento com o Pacto Global e com os ODS da ONU ocorre dentro da operação — com as pessoas e com a forma de produzir — e na cadeia de valor, nas comunidades e nas parcerias que realizamos”, reforça Fábio Abdala, gerente de Sustentabilidade da Alcoa.
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Alubar: evolução conjunta
A sustentabilidade está incorporada nos valores e nas operações da Alubar, fabricante de cabos elétricos de alumínio com mais de 20 anos de atuação. No dia a dia, a empresa busca dar um significado prático às metas estabelecidas pela ONU.
“Nosso crescimento só faz sentido se fizermos com que todos possam evoluir conosco, sejam os colaboradores ou a sociedade no entorno. As pessoas esperam que estejamos alinhados às melhores práticas corporativas e têm a expectativa de crescerem conosco”, ressalta Maurício Gouvêa, diretor-executivo da Alubar.
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CBA: manifesto para a sustentabilidade
A CBA lançou recentemente um manifesto para a sustentabilidade. Segundo a empresa, evoluir em questões fundamentais para a sociedade e em práticas relacionadas ao ESG, sigla em inglês para designar as ações voltadas ao meio ambiente, áreas sociais e de governança, envolve diálogo aberto por parte do setor empresarial e geração de retorno positivo para os stakeholders.
“A sociedade está, felizmente, mais mobilizada nesse sentido. Defendemos que essa deveria ser uma preocupação de todas as empresas, para que juntos possamos promover a transformação de vidas”, ressalta Leandro Faria, gerente de Sustentabilidade da CBA.
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Hydro: diálogo, colaboração e transparência
A multinacional norueguesa do setor do alumínio tem pautado sua atuação no diálogo, colaboração e transparência nas relações com as partes interessadas no Brasil. Isso envolve desde as comunidades do entorno para promoção do desenvolvimento local até universidades e instituições de pesquisa para criação de alternativas sustentáveis para o reuso dos resíduos de bauxita resultantes do processo produtivo.
Alessandra Fonseca, diretora de Comunicação da Hydro na América do Sul, explica que a companhia tem como propósito criar uma sociedade mais viável e com responsabilidade social.
Nesse período de pandemia da Covid-19, a empresa tem se apoiado no tripé ‘cuidado’, ‘coragem’ e ‘colaboração’ e se juntou à sociedade nos esforços para prevenir e combater o novo coronavírus.
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Novelis: contribuição das empresas é fundamental
A companhia da área de laminados e reciclagem de alumínio atua com foco na mudança e melhora do ambiente socioambiental contribuindo com os ODS da ONU. Alguns valores passaram a fazer parte dos propósitos da própria empresa e definem as prioridades e aspirações para 2030.
Segundo Eunice Lima, diretora de Comunicação e Relações Governamentais da Novelis América do Sul, a sociedade civil passou a entender que as grandes empresas, motores importantes da economia global, podem e devem contribuir para reduzir os impactos econômicos e sociais.
“O desenvolvimento da consciência ecológica coletiva em diferentes camadas e setores da sociedade mundial envolve também o setor empresarial. O fator ambiental vem mostrando a necessidade de adaptação das empresas e, consequentemente, direciona para novos caminhos na sua expansão”, destaca a executiva.