O preço do alumínio foi um dos temas de debate na live “Virando o jogo: abastecimento e fornecimento de perfis”, realizada pela Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) na última quarta-feira (30/9). Na ocasião, Milton Rego, presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), apresentou as variáveis que impactam o custo final do metal: London Metal Exchange (LME), prêmio e dólar.
“O alumínio é uma commodity. Ele é transacionado no mercado mundial. Quem define o preço é a bolsa de mercadorias de Londres, conhecida como LME. O Brasil é um tomador desse preço”, esclareceu Milton.
Segundo o dirigente da ABAL, a compra e venda do metal na bolsa de Londres também depende da disponibilidade. Isso porque o material fica estocado em diversos armazéns, especialmente em alguns países da Europa. Os agentes que fazem a comercialização têm a obrigação de depositar o metal nesses locais.
Ao vender o alumínio, é preciso retirá-lo desses armazéns para enviá-lo ao porto de destino, respeitando a fila de comercialização da LME. Nessa etapa, surge outra variável conhecida como prêmio, que inclui o custo (frete) e a disponibilidade imediata do metal. Esse prêmio pode ser maior se quem comprou quiser antecipar o seu lugar na fila, ou mesmo se o porto de destino não tiver muita oferta do metal.
No Brasil, a dinâmica de formação de preço é a mesma — LME e prêmio. Além disso, as matérias-primas, como a alumina, seguem a mesma linha. No entanto, ainda é preciso converter esse valor de dólar para o real.
“No início do ano, a moeda americana estava cotada a R$ 4 e hoje está sendo negociada a R$ 5,60. Houve um aumento de 40%. No mercado brasileiro, a variável que mais afetou o preço final do alumínio foi o dólar”, afirmou Rego.
Durante o debate, os participantes também comentaram que, geralmente, a LME e o dólar caminham em direção contrária em relação a um e outro: quando um sobe o outro desce. Nos últimos meses, os dois subiram e houve um recorde histórico de preços em reais.