riffelblech lochblech bleche

Consumo de chapas de alumínio cresce 16,2% no Brasil em 2021

Alta foi marcada pela demanda aquecida em diversos segmentos, como Embalagens, Bens de Consumo e Transportes

O consumo doméstico de alumínio alcançou 1.583,9 mil t no ano passado e quase todos os produtos apresentaram desempenho positivo. O destaque ficou para as chapas, com 800,6 mil t, um aumento de 16,2% em relação a 2020. Os dados são do Anuário Estatístico Alumínio 2021, recém-publicado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).

O principal usuário de chapas no período continua sendo o segmento de Embalagens. Confira o ranking abaixo:

  • Embalagens: 572,0 mil t
  • Bens de consumo: 116,0 mil t
  • Transportes: 53,8 mil t
  • Construção civil: 31,1 mil t
  • Máquinas e equipamentos: 15,2 mil t
  • Eletricidade: 6,1 mil t
  • Outros: 6,4 mil t

Como são produzidas

De acordo com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), todos os produtos laminados (chapas e folhas) utilizam matéria-prima oriunda de um dos dois processos abaixo:

  • Bobinas, provenientes do vazamento do metal líquido nos equipamentos Caster, que solidificam este metal e os transformam em rolos que serão posteriormente laminados a frio.
  • Placas fundidas, provenientes do alumínio líquido das salas fornos e vazado no formato de placas que serão laminadas a quente e posteriormente utilizadas como matéria-prima na laminação à frio.

Guilherme Superbia, gerente de Excelência Comercial e Marketing da Novelis, acrescenta que as chapas podem ser produzidas em diferentes especificações de ligas, formatos e espessuras, conforme aplicação e necessidades do cliente.

Conheça os principais tipos disponíveis no mercado:

  • Chapa grossa – Tem como aplicação frequente máquinas e equipamentos, moldes, estampos e utensílios domésticos. Possui espessura de 7 a 240 mm e largura de 810, 960, 1060 e 1310 mm.
  • Chapa lisa – É utilizada nas áreas de Transportes, Bens de Consumo, Construção Civil, Máquinas e Equipamentos. Tem espessura de 0,40 a 4 mm. Conta com acabamento convencional obtido por laminação a frio, além de planicidade total e produção por pré-tensionamento, com aplicação de filme plástico em uma das faces ou em ambas.
  • Chapa piso – É aplicada em pisos antiderrapantes de ônibus, escadas, rampas de acesso e na decoração. A espessura da base varia de 1 a 3mm, com acabamento gravado em uma face e ressaltos de 0,70 a 1,3 mm. É obtida por processo de lavagem.
  • Chapa stucco – É apropriada para os setores de Refrigeração, Construção Civil e Transportes – no revestimento interno de ônibus. Tem espessura entre 0,50 e 3 mm. Trata-se de um produto modificado superficialmente na etapa final do processo de fabricação. 

O que impulsionou a demanda

Na Novelis, Superbia explica que o aquecimento da economia e o aumento do consumo de bebidas envasadas em latas impactou positivamente a demanda por chapas de alumínio no ano passado.

 Em 2022, a Novelis segue otimista, acreditando no crescimento do mercado. Além dos tradicionais segmentos de cerveja e refrigerante, as latinhas vêm ganhando espaço em novas categorias, como vinho, água, energético e outras bebidas mistas”, comenta o gerente.

Na América do Sul, a companhia atua nas áreas de latas de bebidas e especialidades, onde se incluem aplicações para Construção Civil, Transportes, Bens de Consumo, entre outros. Além disso, fornece globalmente para os setores Aeroespacial e Automotivo.

Vale lembrar que a lata de alumínio possui um alto teor de conteúdo reciclado, que a torna uma embalagem sustentável, indicada para o consumidor que demanda soluções com mínimo impacto ao meio ambiente. Por esse motivo, a Novelis tem aumentado seus investimentos para expandir a capacidade de produção de laminados e de reciclagem.

Alta nos transformados

No Negócio de Transformados, as vendas da CBA cresceram 22% em 2021, chegando a 147 mil t, com alta de 35% em chapas, 65% em perfis extrudados e 4% em folhas. Esses volumes já estão de volta aos patamares pré-pandemia. 

Segundo a companhia, a evolução nas vendas de alumínio no geral é um reflexo da dinâmica positiva do mercado brasileiro, marcada pela demanda aquecida na maioria dos segmentos, principalmente em Transportes, Bens de Consumo, Construção e Embalagens. 

Para os próximos anos, a CBA considera o setor do alumínio altamente promissor, devido à durabilidade, resistência, leveza, alta condutividade e resistência do metal. O mercado também possui matriz energética baseada em fontes hídricas, o que torna a indústria mais competitiva.

Crédito da foto: AdobeStock.com

Veja também:

Indústria do alumínio deve investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2025

Durante entrevista aos jornalistas no 9º Congresso Internacional do Alumínio, organizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) nos dias 9 e 10 de abril, no Hotel Unique, em São Paulo, a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas, apresentou reflexões e dados significativos sobre o mercado do alumínio no Brasil e no mundo, destacando perspectivas promissoras para

Pesquisadores e profissionais do setor de alumínio são premiados durante o 9º Congresso Internacional

No encerramento do 9º Congresso Internacional do Alumínio, ocorrido em 10 de abril, uma cerimônia especial foi reservada para reconhecer os destaques técnicos apresentados nos dois dias do evento. Quatro estudos foram agraciados com o prêmio de “Melhores Trabalhos Técnicos”, destacando a relevância e inovação das pesquisas realizadas. Rafael Salomão, da Universidade de São Paulo

Miles Prosser, do Instituto Internacional do Alumínio (IAI), projeta maior uso do alumínio em escala global

Durante o 9º Congresso Internacional do Alumínio, promovido pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e que atraiu mais de 550 participantes nos dias 9 e 10 de abril, no Hotel Unique, em São Paulo (SP), Miles Prosser, secretário-geral do Instituto Internacional do Alumínio (IAI), enfatizou as projeções que indicam um aumento significativo na escala mundial

Rolar para cima
Rolar para cima