Há muitos anos, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) tem investido em programas ambientais e na mitigação dos impactos de suas operações. Em Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, os objetivos têm sido alcançados por meio do trabalho de educação dos públicos envolvidos, gestão de resíduos e recuperação de áreas mineradas.
“Para a CBA, ser sustentável é fazer bom uso do bem mineral para, posteriormente, devolver a área para a natureza e para a comunidade com a mesma qualidade ou até superior. Para atingir esse patamar, temos investido em tecnologias, aproveitando ao máximo a bauxita extraída e reaproveitando os resíduos. A sustentabilidade ainda está presente no trabalho de entregar, aos proprietários das áreas mineradas, um solo com condições excelentes para que possam dar continuidade às atividades agrárias”, relata Fernando César Fernandes Júnior, gerente da unidade.
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PEA
Desenvolvido há 20 anos, o Programa de Educação Ambiental (PEA) atende os públicos interno e externo, incluindo os produtores rurais. Nas escolas públicas, são realizados cursos de capacitação e atualização dos professores, com novas metodologias para trabalhar as relações entre o ser humano e a natureza no ambiente escolar.
A iniciativa, que já beneficiou cerca de 130 mil pessoas, também está presente em Caldas (MG), Divinolândia (SP) e nas áreas em que a CBA opera na Zona da Mata mineira.
Gestão de resíduos
Grande parte do material que seria descartado tem sido reaproveitada para reciclagem, re-refino e compostagem. Há dois anos, a CBA mantém parceria com a Cooperativa Ação Reciclar, formada por catadores do município que recebem os materiais recicláveis gerados na unidade e na Vila Residencial.
No final de 2019, a companhia adotou também o método de compostagem em leiras, a partir de um projeto apresentado por Ana Flavia Naccarato, estagiária da área de Liberação e Reabilitação Ambiental. Antes, as composteiras manuais não comportavam todo o material orgânico gerado.
Reabilitação de áreas mineradas
O processo inicia-se com a reconformação topográfica do terreno após a lavra. O solo orgânico, retirado no início das atividades de extração, é devolvido à área. Em seguida, é construído um sistema de drenagem, feito o preparo do solo e o plantio das mudas — estas serão monitoradas até que atinjam um estágio satisfatório de desenvolvimento.
Entre 2014 e 2019, já foram recuperados cerca de 156 hectares. Atualmente, a empresa utiliza como referência para o monitoramento das áreas a metodologia da Universidade Federal de Viçosa, instituição de ensino que realiza o mesmo trabalho nas unidades da CBA na Zona da Mata mineira.