A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) está investindo em mais uma inovação: o Digital Twin. Trata-se de uma tecnologia que cria uma cópia gêmea da unidade física no meio digital, importando desde processos a maquinários, com possibilidades de otimização.
Na fábrica de Alumínio (SP), a empresa fez o uso da tecnologia seis meses antes de começarem as operações na planta de destilação e, após curto tempo de implementação, a CBA já estimou retorno financeiro de cerca de R$ 1,5 milhão em um ano.
O modelo digital foi construído em apenas três meses, sem necessidade de investimentos extras. Para a criação do projeto, a CBA montou uma equipe de três profissionais, os quais desenvolveram a planta integralmente em python (linguagem Open Source de propósito geral) e a colocaram em funcionamento.
Como resultado, o gêmeo digital da unidade de destilação encurtou o tempo de alcance do seu rendimento máximo, fazendo com que, em apenas três meses de operação, a cópia digital alcançasse o desempenho previsto no projeto. Caso fosse realizado diretamente na planta física, esse tempo se estenderia para um período de oito meses a um ano.
Devido ao sucesso da iniciativa, a CBA está trabalhando em simuladores digitais para componentes de um dos seus principais laminadores – uma máquina que atua nos primeiros estágios de redução de espessura do alumínio solidificado. O objetivo é evitar quebras, estender o tempo de vida e mitigar riscos de paradas de operação. A previsão é de que neste ano seja concluído esse gêmeo digital do laminador.
O Digital Twin faz parte do investimento total de R$ 27,3 milhões que a empresa direcionou para projetos de transformação digital.
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