O Fórum Embalagem e Sustentabilidade 2020 – realizado na última quinta-feira (8/10) pelo Instituto de Embalagens com transmissão ao vivo pela Internet – discutiu o conceito de economia circular. Na ocasião, foram apresentadas iniciativas que visam à redução do impacto ambiental sob essa perspectiva. As soluções com alumínio, infinitamente recicláveis, foram destacadas pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e Ball.
Leandro Faria, gerente de Sustentabilidade da CBA, comentou sobre o desafio global para a reciclagem de embalagens multicamadas — aquelas que contém papelão, alumínio e plástico. Hoje, a companhia já conta com tecnologia para esse segmento.
“Após a retirada do papelão, a embalagem entra no processo hidrometalúrgico da CBA, o qual dissocia o alumínio e o leva de volta para a cadeia novamente. Da mesma forma, o polímero pode retornar à produção. Esse processo produz hidrogênio, gás reutilizado na refinaria no lugar do combustível”, explicou.
Segundo Faria, a CBA avaliou, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), as propriedades mecânicas do polímero e concluiu sua alta qualidade. A tecnologia elimina o odor dessa matéria-prima e possibilita que seja transformada em embalagem novamente.
“Podemos agregar valor à cadeia como um todo e trazer atratividade com a coleta da embalagem”, reforçou.
Estevão Braga, diretor de Sustentabilidade da Ball Beverage Packaging South America, destacou as vantagens da lata de alumínio para bebidas.
“Ela é monomaterial, fácil de reciclar, leve e não oferece nenhum risco para o trabalhador. Desde a década de 1980, há o anel integrado que não se perde no processo. No Brasil, a taxa média de reciclagem da lata é de cerca de 97%”, destacou.
A Ball desenvolveu recentemente o conceito de circularidade real, que define as métricas para que a embalagem de alumínio seja efetivamente circular, a partir de quatro etapas: coleta, transformação em matéria-prima reciclada e redirecionamento para uma nova embalagem.