A Alcoa e a Mineração Rio do Norte (MRN) têm demonstrado a importância de valorizar e proteger as florestas no Oeste do Pará, onde mantêm operações de mineração de bauxita, por meio de duas ações: Área de Proteção Ambiental Jará e Projeto de Apoio a Sistemas Agroflorestais (SAFs).
No município de Juruti, a Alcoa criou a APA Jará em parceria com a prefeitura local e o Imazon. O objetivo é garantir a conservação de 5 mil ha de floresta, entre áreas de várzea e igapós, igarapés e lagos, além de espaços consolidados na parte urbana.
Para isso, foram investidos R$ 1,5 milhão de recursos da Alcoa Foundation. O processo envolveu reuniões comunitárias, consulta pública, oficialização de criação e posse do Conselho Gestor da APA, em dezembro de 2020.
Fábio Abdala, gerente de Sustentabilidade da Alcoa Brasil, explica que o Conselho dialoga com as exigências nacionais de gestão das Unidades de Conservação (UC).
“O Conselho é um requerimento necessário de toda UC. Todas elas devem ter o órgão para permitir o controle social de forma que a comunidade participe da sua gestão”, destaca.
De acordo com o Imazon, responsável pelo estudo de viabilidade técnica, a iniciativa traz importantes benefícios ambientais, sociais e econômicos. Entre eles destacam-se:
- Proteção da biodiversidade, por meio da contenção do avanço do desmatamento;
- Regulação da temperatura local, ao manter as áreas verdes;
- Manutenção do uso dos recursos aquáticos;
- Oportunidades de geração de renda, com turismo de base comunitária e produção sustentável e comercialização de produtos da agricultura familiar e da natureza;
- Fomento à educação ambiental;
- Melhoria da qualidade de vida da população com a criação de espaço para lazer, esportes e contemplação da natureza.
Apoio a sistemas agroflorestais
Em Oriximiná, a MRN desenvolve o Projeto de Apoio a Sistemas Agroflorestais (SAFs). A iniciativa faz parte do Programa de Educação Socioambiental, em cumprimento a condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), desenvolvido desde 2005 e executado em parceria com a consultoria Florestas Engenharia.
Mais de 20 famílias das comunidades ribeirinhas Boa Nova, Casinha, Saracá, Camixá e Bom Jesus participam do projeto. Esses agricultores recebem capacitações, que incluem cursos, visitas técnicas e oficinas, nas quais são trabalhadas metodologias coletivas e individuais, compartilhando saberes tradicionais locais e técnicas agroecológicas.
“O objetivo desse projeto é fomentar a conservação das florestas nas comunidades atendidas, promovendo o reflorestamento por meio da implementação de sistemas agroflorestais e, ao mesmo tempo, gerando renda para as famílias”, comenta Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN e coordenadora do projeto.
Entre os principais produtos envolvendo volume e renda gerada para as famílias estão limão, laranja e tangerina. Também há produção, consumo e comercialização de abacaxi, milho e banana.
Por conta da crise da Covid-19, o projeto foi desenvolvido apenas nos meses de janeiro e fevereiro de 2020. Interrompido em março do ano passado, há a expectativa de retomada a partir de agosto deste ano caso a pandemia esteja sob controle.