O portal Conecta Verde conversou, na última quarta-feira, 13 de outubro, com Fernando Varella, coordenador do Comitê de Embalagens da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Transmitido ao vivo, o bate-papo conduzido por Ellen Nunes, editora do canal jornalístico, foi norteado pela temática sustentabilidade.
O mercado de embalagens representa, aproximadamente, 40% do consumo de alumínio no Brasil, sendo o segmento mais importante para a cadeia produtiva. Além das latas para bebidas, o coordenador citou outros nichos de mercado.
“As marmitas representam uma vantagem na área de sustentabilidade e substituem o isopor, já banido, por exemplo, em Nova York (EUA). Na área farmacêutica, os blisters protegem os medicamentos de ações externas. Na indústria alimentícia, as embalagens flexíveis são utilizadas para chocolates e molhos, entre outros. As assépticas multimateriais apresentam o benefício de poder transportar o alimento sem necessidade de refrigeração, com segurança”, afirmou.
Varella também explicou que entre as vantagens proporcionadas pelas embalagens metálicas está a leveza no transporte, possibilitando aumentar a carga e reduzir a pegada de carbono na cadeia logística. Além disso, o metal é 100% reciclável — estima-se que 75% do alumínio do planeta vem sendo reutilizado desde a sua produção.
Reciclagem
Depois das latinhas, cujo índice de reciclagem alcançou 97,4% em 2020, as embalagens assépticas utilizadas para leite e sucos ocupam o 2º lugar, com 43%.
“Nessas embalagens multimateriais, o alumínio tem valor maior. A taxa de coleta depende da receita proporcionada aos catadores. O metal possibilita que o pilar econômico seja sustentável”, destacou.
A indústria tem investido e busca soluções para a reciclagem de outras embalagens que contêm o metal. Varella ainda destacou que o alumínio brasileiro tem baixa pegada de carbono, mas a meta é melhorar cada vez mais, extraindo menos bauxita com o lançamento de novos produtos com conteúdo reciclado.