A União Europeia (UE) anunciou na última quarta-feira, dia 14 de julho, a criação de uma taxa de carbono sobre produtos importados que pode afetar produtos de alumínio do nosso país. A medida, que ainda precisa ser aprovada, será implantada por meio do mecanismo de ajuste de carbono na fronteira (CBAM, na sigla em inglês).
A proposta faz parte de um pacote denominado “Fit for 55”. Trata-se de um plano estratégico para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 55% até 2030 e ajudar os países membros da União Europeia no objetivo de alcançar a neutralidade climática até 2050.
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) informou, por meio de nota enviada à imprensa, que vem acompanhando com atenção os movimentos da UE em relação à taxação de carbono em importações junto com outras entidades associativas e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A entidade também informou que iniciou um estudo específico sobre o tema, com previsão de conclusão para o quarto trimestre deste ano. O objetivo é avaliar os possíveis impactos dessas medidas do plano europeu e as oportunidades para o alumínio nesse novo cenário.
Vale destacar que a indústria de alumínio do país exportou no ano passado 23 mil t de alumínio e seus produtos para a UE, totalizando o valor FOB US$ 42 milhões. O alumínio brasileiro é produzido com a utilização de fonte energética limpa e renovável, lhe conferindo menor pegada de carbono em relação a outros importantes players globais.