Setor se prepara para o aumento da demanda de antenas para telecom

Apenas alguns minutos sem sinal no celular pode atrapalhar – e muito – a vida das pessoas cada vez mais conectadas. Imagine então ter que esperar até um ano para obter uma recepção de qualidade. Esse era o tempo do processo de licença para que a instalação de infraestrutura de suporte de telecomunicações fosse finalizado.

Prazo que dificultava a expansão do acesso a principalmente redes de telefonia celular e internet no país. No entanto, com a sanção no primeiro semestre da Lei 13.116/15 Geral das Antenas o setor está na expectativa de um crescimento exponencial, uma vez que os prazos agora deverão ser aprovados no máximo em 60 dias a partir do requerimento.

Para a Ideal Antenas, há mais de 25 anos na área de equipamentos para telecomunicação, como antenas de alumínio, a mudança já refletiu no desempenho da empresa, como conta Marcelo Zamot, gerente de vendas da marca: “Acreditamos piamente que o aumento de 35% nas vendas se deve exclusivamente a este fato”, diz. A empresa cresceu 45% no último ano e pretende manter o ritmo nos próximos doze meses. Com o ganho em escala, foi possível negociar preços mais interessantes: “Nosso custo para antenas caiu de 10% para 2%, fazendo com que o produto ganhasse competitividade no mercado”, comemora.

Sinal

Um bom desempenho de sistema via satélite está relacionado a distância entre ele e a estação, o ângulo de azimute e o graude elevação da antena. Além disso, para garantir a qualidade do sinal e a segurança, caso haja alguma falha, uma única operadora pode ter até seis antenas de transmissão. Por isso, cada torre de telecomunicação tem a capacidade de suportar até 36 antenas, em média – o que significa a presença de diversas operadoras e maior disponibilidade de sinal para o cliente.

Antena com randome shield em alumínio, que confere proteção extra.
Antena com randome shield em alumínio, que confere proteção extra.

Alguns dos modelos para telecomunicação são os parábolos simples ou com dupla polarização e as parabólicas com radome shield, proteção externa da antena, também em alumínio, que forma um “escudo” contra as intempéries e evita que pássaros façam ninhos, por exemplo.

Assim, a maioria das antenas é feita com alumínio, pois suas características colaboram para melhor desempenho e durabilidade. “Leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão”, enumera Zamot.

A satisfação com o uso do metal fez com que a Ideal Antenas criasse um planejamento para aumentar a produção em 2016. “Conseguimos atender às expectativas de nossos clientes no que diz respeito a cobertura de sinal de uma determinada área ou região, através deste material”, diz.

Demanda

Dados da SindeTelebrasil apontam que dos 197 milhões de acessos em banda larga no Brasil, mais de 87% têm origem móvel, sendo que 58 milhões foram ativados entre março do ano passado e 2015. “A expectativa é que a telecomunicação cresça mais”, afirma André Machado, da QMC Telecom Brasil, que já tem, em média, 1.700 torres instaladas na América Latina e quer crescer. No Brasil desde 2012, a QMC localiza sites, faz negociações de aluguel, constrói torres sob demanda para as operadoras e executa projetos de DAS (Distributed Antenna System).

Mas, apesar de afirmar que a lei ainda não “aterrissou”, a QMC tem grandes expectativas: captou investimentos da ordem de US$ 150 milhões, dos quais 70% deverão ser destinados para aplicações no país. Machado explica a aposta: “O momento é arriscado, mas os investidores sabem o que esperar do Brasil. Agora é a hora, pois quando a economia está indo muito bem a concorrência aumenta”. Ele aponta que a indústria deve ficar atenta, pois atualmente 90% de seus clientes importam as antenas utilizadas: “A busca pela qualidade de sinal vai fazer o mercado crescer. Hoje em dia instalamos mais de uma torre por dia e isso significa mais antenas: há uma oportunidade para o alumínio se expandir junto nesse movimento”, diz.

Evolução

Daniel Discini, professor de Telecomunicações do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), avalia o passo dado com a lei de forma positiva, pois mais torres e antenas significam melhora na qualidade do sinal transmitido, além do aumento na capacidade geral do sistema. E a evolução das telecomunicações representa uma significativa influência na economia do país. “Maior velocidade nas comunicações significa melhor interação e conectividade em geral dos indivíduos e empresas”, avalia. Sinal de bons negócios à vista.

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