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Alumínio beneficia inovação em placas eletrônicas de sinalização

Vinte quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. A jornada de trabalho das placas de sinalização vertical é intensa. Por isso a escolha do material utilizado deve levar em consideração a resistência às intempéries a que estarão sujeitas. Não é por menos que as mais de 440 mil placas de trânsito, instaladas na cidade de São Paulo, são confeccionadas em alumínio, de acordo com informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A durabilidade e a resistência à oxidação do alumínio têm aberto oportunidades de expandir sua atuação também para sinais flexíveis, que são os painéis eletrônicos que alternam informações sobre limite de velocidade, por exemplo.”Trata-se de uma solução inovadora que promete ser tendência no Brasil e no mundo e que pode impactar o desenvolvimento do mercado de alumínio”, aponta Thomas Gehrke,gerente comercial de especialidades da Novelis Europa.

Inovação

Essa realidade já ganha contornos,como explica Luiz Carlos Kavalieris, diretor de tecnologia da Kalts Indústria e Comércio, que instalou milhares de painéis em alumínio por todo o Brasil. “Usávamos chapa de aço e tivemos uma proposta de fazer em alumínio, o que tornou o produto muito competitivo, acabando com a ferrugem”, diz.

Esses painéis são colocados em rodovias, pedágios, alguns inclusive à beira-mar, expostos à maresia, o que contribui para corrosão oxidação, que afeta os componentes eletrônicos. “A solução de alumínio é muito mais limpa e protege todo o conteúdo que está dentro do compartimento”, explica Roberto Rocha, CEO da Elfer Alumínio, uma das idealizadoras dessa proposta. Ele explica que o metal é aplicado interna e externamente em toda a estrutura, que é composta por painéis cortados, dobrados e conformados.”A grande sacada é a vedação, que permanece íntegra uma vez que o alumínio não corrói”, revela.

A resistência e durabilidade do metal,também contribuem para a economia de investimento, uma vez que o fornecimento dos painéis para as concessionárias de rodovias possui contratos com prazo de trinta anos de duração. “A cada dez anos é necessária uma revitalização, repintura, trocada parte eletrônica, mas a parte de alumínio dura os trinta anos estipulados”, afirma Kavalieris. E completa: “esses painéis ficam expostos ao sol e chuva. Não é qualquer metal que resiste a isso”.

Vantagens

A durabilidade do painel e a qualidade da aparência se refletem diretamente na demanda por reparos e trocas, o que exerce impacto em toda a cadeia. “São os instaladores que executam a manutenção que possui um custo altíssimo”, afirma Rocha.

Kavalieris compartilha da opinião e explicaque antes da troca pelo o alumínio,os modelos em aço já apresentavam marcasde corrosão e danos na caixa com apenas cinco anos de uso. “Chegava ao ponto de abrir furos pela corrosão. Nos locais com maresia, em dois anos já estava tudo enferrujado. Em cinco anos, o equipamento praticamente se perdia, ia pro lixo”, lembra.

O diretor de tecnologia da Kalts, em comparativo com os modelos anteriores,reforça as vantagens do alumínio não sóna fabricação, mas também em transporte,peso e manuseio. “Tudo é mais vantajoso. Hoje os painéis são reaproveitáveis, o equipamento é mais leve, o transporte custa menos, exige menos esforço na instalação. Até porque equipamentos pesados podem causar acidentes”, enumera.

Mercado

“Este é um mercado que vem crescendo devido ao aumento do tráfego na maioriados países, o que requer novas avenidas e,por isso, mais sinalização”, explica Gehrke,da Novelis. Em um mercado cada vez maior,a aplicação do alumínio cresce junto. Na Europa, a aplicação do alumínio para este segmento é uma exigência da legislação de vários países, principalmente nas regiões norte e central. A leveza faz diferença,por exemplo, na hora de montar placas em auto-estradas ou no meio de pistas.

Adicionalmente, ainda existe a tendênciada migração do aço para o alumínio,incentivada pela preocupação com a sustentabilidade. Nesse contexto, as ligas verdes (recicláveis) têm ganhado cada vez mais espaço, já que são produzidas a partir de material reciclado e com redução na pegadade carbono.

De acordo com dados da CET, esse fator tem se mostrado importante em São Paulo. As placas danificadas são reaproveitadas, passando por um processo de manutenção e limpeza,além de tratamento para receber uma nova pintura. Após isso, a informação é aplicadaem silk-screen oupelícula adesiva, ea placa está pronta para ser utilizada novamente. Somente na cidade de São Paulo, centenas de placas depredadas ou abalroadas são reaproveitadas resultando em maior economia e melhor utilizaçãodos recursos.

Perspectivas

Apesar do uso representativo, o segmento,em alguns casos, é impactado por fatores externos. As propriedades mecânicas lhe dão vantagem frente a sucedâneos,mas, devido ao seu alto valor comercial e à vulnerabilidade dos grandes centros urbanos,o alumínio sofre com vandalismo e furtos, principalmente em rodovias. Por isso, alguns órgãos já estão especificando substratos como a chapa de alumínio composto. “Essa chapa utiliza apenas duas folhas de alumínio de 0,3 mm de espessura, o que torna desinteressante o furto”, afirma José EduardoLamonica, engenheiro de obras da Meng Engenharia.Por motivos de segurança,boas placas de trânsito precisam ser refletivas e de fácil leitura à luzdo dia ou à noite, por meio da luz dos faróis. Divididas nas categorias regulamentação,advertência, educativas e orientação, as placas seguem especificações nacionais de formas, cores, dimensões, retrorrefletividade,materiais empregados em sua confecção,diagramação e até posicionamentona via. Tudo isso é definido pelo ManualBrasileiro de Sinalização de Trânsito, elaboradoem 2007 pelo Contran, o ConselhoNacional de Trânsito.

Assim como os órgãos públicos e concessionáriasde rodovias, o setor privado também tem investido em placas de alumínio para sinalização interna e identificaçãode patrimônio. Elas já são utilizadas também em shoppings, estacionamentos,condomínios comerciais e residenciais eaté nos metrôs de grandes capitais.

Cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte aproveitaram a necessidade de modernização da comunicação visual, e adotaram painéis informativos de alumínio- motivadas pela leveza, adaptabilidade e reciclabilidade do metal.

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